Com um assunto que não poderia ser diferente – dengue, zika e chikungunya -, a Liga Acadêmica de Saúde da Família e da Comunidade fez sua inauguração em palestra promovida no Teatro César Cava, campus I da Unoeste. O convidado para abordar o tema foi o pesquisador José Wilson Zangirolami, médico infectologista e professor na universidade, que abordou de forma clara sobre o que são essas doenças, os sintomas apresentados e as formas de tratamento.
“As três são transmitidas por vírus e causam alguns sintomas iguais, como febre, dor no corpo, mal-estar, alteração no hemograma e que podem ser confundidas umas com as outras”, explica o especialista. No entanto, destaca que há diferenças clínicas entre elas e também complicações e consequências específicas – por exemplo, dores crônicas após contrair chikungunya e as possíveis associações do zika vírus com microcefalia em fetos e com a síndrome de Guillain-Barré em adultos. O importante, portanto, é que profissionais de saúde estejam bem preparados, pois, segundo Zangirolami, pela falta de exames diagnósticos há uma dificuldade muito grande para determinar o quadro do paciente.
Já à população, a recomendação é procurar atendimento médico assim que houver suspeitas das doenças. “Na primeira semana, o tratamento é basicamente o mesmo, embora precisem de manejos diferentes. A dengue pode necessitar de muito mais hidratação; por outro lado, chikungunya pode necessitar de anti-inflamatórios, contraindicados na dengue”, diferencia o professor. Para evitá-las, valem as orientações de evitar acúmulo de água parada e uso de proteção individual, como repelente, se bem que o infectologista é enfático ao afirmar que ainda “o mundo não tem tecnologia que consiga erradicar o Aedes aegypti das áreas urbanas tropicais” e se continuar assim “vamos enfrentar, ano a ano, essas epidemias”.
Centrada no contexto da atenção primária, a nova liga acadêmica da Unoeste “visa promover debates crítico-reflexivos em torno dos problemas de saúde, busca resgatar a essência da humanização e adotar uma assistência integral”. A criação foi articulada pelos cursos de Enfermagem e Medicina e é aberta à participação de universitários das demais graduações da saúde. O docente José de Oliveira Costa Filho, médico preceptor da liga, elogia os acadêmicos pela iniciativa de criar a liga interdisciplinar. “Toda inovação é muito valiosa! Quem está aqui na palestra e principalmente os estudantes que criaram a liga farão muita diferença no mundo”. Na plateia estiveram estudantes de graduações da saúde e professores.
Para composição de mesa diretiva, no palco da estreia da liga foram convidados Bruna Elisa Arsego, presidente e uma das idealizadoras da Liga Acadêmica de Saúde da Família e da Comunidade, além de estudante do 8º termo de Medicina, e os professores José de Oliveira Costa Filho, Dra. Claudia Alvares Calvo Alessi, coordenadora de extensão da Faculdade de Medicina (Famepp) da Unoeste, e Maria Nilda Camargo de Barros Barreto, coordenadora da graduação em Enfermagem da Unoeste, que aproveitou a ocasião para reforçar que a universidade atua fortemente, em conjunto com outras instituições, no combate à dengue e às outras doenças transmitidas pela picada do mosquito Aedes aegypti.
Fonte: Assessoria de Imprensa Unoeste
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