UNESCO lança relatório em português sobre mídias sociais e eleições

A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) publicou em português o novo relatório “Mídias Sociais e Eleições”, um documento que oferece valiosas contribuições para um debate urgente nas democracias contemporâneas.

Assinado pelo especialista britânico nas áreas de liberdade de expressão e desafios do mundo online, Andrew Puddephatt, a publicação oferece caminhos alinhados com os padrões internacionais e reflexões para o dilema complexo de como garantir eleições livres e justas neste novo mundo. O documento deixa claro que esse desafio não recai apenas nas empresas de tecnologia, mas também em um ecossistema complexo de atores, como plataformas de tecnologia, reguladores eleitorais, partidos políticos, jornais, mídia e sociedade civil organizada.

A publicação faz parte da série “Cuadernos de discusión de comunicación e información”, um compilado de escritos dos principais especialistas em políticas públicas, tecnologia, e direitos humanos, reunidos pelo escritório da UNESCO de Montevidéu. O objetivo principal da série é fornecer subsídios aos tomadores de decisão e formuladores de políticas para que possam levar em consideração os diferentes ângulos das questões  atuais, tendo  sempre como linha  principal os padrões  internacionais.

Debate – Na ocasião do lançamento, a UNESCO publicou uma nota introdutória ao relatório dizendo que “a rápida evolução das tecnologias de informação e comunicação (TIC) abre uma dimensão única e sem precedentes nas discussões sobre liberdade de expressão, acesso à informação e a suas influências na construção da democracia e desenvolvimento, proteção e promoção de direitos humanos”

A agência das Nações Unidas também afirmou que ainda que o processo eleitoral seja regulamentado por leis próprias em diversas democracias ao redor do mundo, até mesmo as mais experientes enfrentam tentativas atuais de manipulação do mercado de ideias e propostas de políticas, através de campanhas de desinformação, em especial nos últimos cinco anos. “A novidade pode estar, entre outros aspectos, na velocidade, na escala e nas ferramentas disponíveis aos atores eleitorais dispostos a influenciar – legitimamente ou não – o mercado de ideias. Não é de se surpreender que os reguladores eleitorais em todo o mundo estejam profundamente preocupados com a abrangência da questão”, escreve a UNESCO.

Além do debate proposto pelo especialista no tema, a publicação também conta com prefácio assinado pelo ex-secretário-geral das Nações Unidas Kofi Annan.

Clique aqui para acessar o relatório.

 

Fonte: Nações Unidas Brasil