Mais de R$ 68 milhões serão investidos em projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) divulgou, nesta sexta-feira (31/jan), o resultado final da chamada pública para o Programa RHAE (Pesquisador na Empresa). No total, foram aprovadas 248 propostas, que somam juntas mais de R$ 68 milhões. A cifra superou o valor inicial da chamada, que era de R$ 61 milhões. Os outros mais de R$7 milhões serão suplementados pelo CNPq. Além disso, cerca de R$ 1 milhão foi aportado pelo próprio Ministério de Ciência Tecnologia e Inovação (MCTI).
Por meio das bolsas de fomento tecnológico, o programa ajuda a formar e capacitar recursos humanos para atuar em projetos de pesquisa e aumentar a interação entre universidades e empresas.
Projetos aprovados em cada linha de apoio
Nessa rodada foram contemplados projetos em duas linhas: Negócios de Impacto (linha 1) e Nova Nova Indústria Brasil (linha 2).
Na linha 1, voltada ao apoio a projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) de Negócios de Impacto, ou seja, empreendimentos com o objetivo de gerar impacto socioambiental e resultado financeiro positivo de forma sustentável, foram aprovados 80 projetos. O investimento será de mais de R$ 21 milhões.
Já a linha 2, que apoia projetos de PD&I alinhados à Nova Indústria Brasil (NIB), calcada em valores como sustentabilidade agroindustrial, bem-estar nas cidades e transição energética, aprovou 168 iniciativas com financiamento de mais de R$ 46 milhões.
Sobre o RHAE
O Programa surgiu em 1987, criado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) em parceria com o CNPq, e a partir de 1997 passou a ser inteiramente gerido pelo Conselho. Na chamada anterior, realizada em 2021, foram aprovadas 473 propostas de empresas inovadoras, com destaque para as startups, que receberam investimento de R$ 35 milhões.
“Todos os países que conseguiram que sua produção científica saísse do papel e se traduzisse em inovação tiveram políticas assertivas na direção de colocar mais doutores, mais gente qualificada no setor produtivo, na iniciativa privada. Esse é um desafio, e o RHAE vai nessa direção. Não podemos nos conformar de ostentar que nossa produção científica seja a 13ª do planeta, quando nós somos 49º lugar em inovação”, afirmou a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, no lançamento da edição 2024 da chamada, no auditório do MCTI.
“Muito se fala na grande produção de mestres e doutores do Brasil. São quase 24 mil por ano. Ainda é pouco em relação aos países da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), mas a pergunta é: para onde estão indo esses doutores? Se olharmos países fortes em inovação, como China, Alemanha, Rússia e Coréia, mais de 50% dos doutores estão nas empresas, enquanto no Brasil esse percentual não alcança os 20%. Na Economia do Conhecimento, só teremos uma verdadeira neoindustrialização com muita pesquisa inovadora feita nas empresas”, afirmou o presidente do CNPq, Ricardo Galvão.
Fonte: CNPQ