Em entrevista à Rádio UFMG Educativa, Maria Luísa Magalhães Nogueira, professora do Departamento de Psicologia, explica que a pandemia exige nova rotina para essas pessoas
A Organização Mundial de Saúde estima que existam 70 milhões de autistas no mundo, sendo dois milhões no Brasil. Com níveis de comprometimento classificados como leve, moderado ou severo, a síndrome pode atingir uma em cada 50 crianças, com prevalência maior em meninos – a proporção é de três homens para uma mulher.
Em entrevista à Rádio UFMG Educativa, a professora Maria Luísa Magalhães Nogueira, do Departamento de Psicologia da UFMG, coordenadora do Programa de Atenção Interdisciplinar ao Autismo (Praia), sugere a pais e responsáveis por crianças com Transtorno do Espetro do Autismo algumas medidas para reduzir os impactos das mudanças no cotidiano provocadas pela pandemia de Covid-19.
Segundo a professora, pais ou responsáveis devem estabelecer uma nova rotina que seja clara e confortável para a família, principalmente para as crianças com autismo, que dependem de hábitos bem estabelecidos para organizar suas experiências. Como esse grupo tem mais dificuldade de maturação das questões sensoriais e de se adaptar a novos padrões de comportamento imediato, Maria Luísa recomenda utilizar suportes visuais para facilitar a compreensão dessas mudanças.
Foto: Thiago Peruch /Assessoria EEFFTO