Um universitário de Sorocaba, no interior de São Paulo, fará parte de um programa de estágio em uma das mais conceituadas agências espaciais do mundo: a Nasa. Por 10 semanas, o estudante de engenharia da computação Flavio Maximiano, de 24 anos, vai desenvolver um trabalho voltado à prevenção de acidentes aéreos na instituição.
Em entrevista, Flavio conta que tinha a pretensão de ter uma experiência diferente do que estava acostumado no Brasil quando se inscreveu para estudar na Universidade de Cornell, nos Estados Unidos, pelo Ciências Sem Fronteiras (CsF) em agosto do ano passado. No entanto, ele não imaginava a aprovação no programa de estágio internacional promovido pela Nasa em acordo com os governos de outros países.
“A Nasa cuida também da segurança do espaço aéreo e recebe constantemente relatórios sobre incidentes em aviação. Meu trabalho será tentar criar ferramentas capazes de monitorar esses relatórios automaticamente e entender como eles mudam através do tempo, na esperança de prevenir futuros acidentes”, explica Flavio. Outro brasileiro, o estudante de Campinas Gabriel Militão, também foi selecionado.
A aplicação dos estudantes foi mediada pela Agência Espacial Brasileira (AEB), que abriu um edital para inscrições e divulgou para os estudantes do programa em fevereiro deste ano. Flavio conta que quis participar assim que soube da oportunidade.
Na primeira fase do processo, 15 candidatos brasileiros foram selecionados pela AEB e suas aplicações enviadas à Nasa, que escolheria posteriormente os participantes da edição entre estudantes de todo o mundo.
“Quando a AEB liberou os nomes que indicaria para a Nasa e eu estava entre eles, comemorei bastante. Conheço pessoas muito boas que aplicaram e não esperava ser selecionado entre deles. Depois procurei o currículo dos outros pré-selecionados e percebi que eram todos muito bem qualificados e que estaria tudo bem se eu não fosse chamado”, conta Flavio.
A dura concorrência no entanto não foi suficiente para impedir que Flavio voasse mais alto. Ele lembra que depois de várias semanas sem nenhum contato, achou que não havia sido selecionado e começou a procurar por outros estágios. A aplicação bem sucedida veio acompanhada de um susto. “Quando recebi o e-mail da AEB dizendo que a Nasa havia me selecionado fiquei meio sem ação, demorou pra ficha cair”, lembra.
Após a experiência, Flavio vai retornar ao Brasil para continuar os estudos na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). “Conversei bastante com o supervisor do projeto, estou estudando o assunto e estou motivado. Com certeza pretendo levar o conhecimento de volta para o Brasil, entretanto não necessariamente para a mesma aplicação”, finaliza Flavio.
Fonte: Portal G1
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