A bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) Laís Nascimento Alves teve sua dissertação de mestrado premiada durante o 5º Seminário Anual Científico e Tecnológico de Bio-Manguinhos/Fiocruz-RJ, no dia 3 de maio. “Viabilidade do uso de 1,10 fenantrolina e aptâmeros anti-MUC1 como radiossensibilizadores em células de câncer de mama” recebeu o prêmio Jovem Talento – Sergio Arouca, que tem entre seus critérios de premiação a importância do trabalho para o desenvolvimento científico e tecnológico e para a saúde pública brasileira, incentivando os jovens pesquisadores, de até 26 anos, nessa categoria. Laís é bolsista do programa Demanda Social.
Segundo a pesquisadora a premiação foi uma surpresa, que lhe serviu como estímulo. “Eu não esperava essa premiação agora, pelo fato de o projeto ainda estar em fase inicial. Não imaginava uma repercussão desse tipo. Mas, ao mesmo tempo, o reconhecimento foi importante para mim. Foi uma injeção de combustível para seguir com mais garra ainda. Nós, jovens pesquisadores, somos apaixonados pelo o que fazemos! E com o tempo vamos crescer, amadurecer e nos equiparar com quem hoje nos espelhamos, que são os gigantes que nos acompanham no dia-a-dia e os que apenas lemos sobre nas publicações científicas.”
Projeto
A ideia geral racionalizada no projeto é de contribuir no aprimoramento da abordagem do tratamento quimioterápico de câncer de mama. “A classe de moléculas chamadas de aptâmeros apresenta inúmeras possibilidades que podem e devem ser exaustivamente exploradas. Tal avanço nos protocolos de tratamento de câncer de mama representaria maior preservação de tecidos sadios e, consequentemente, menor debilidade pós tratamento oncológico que envolva o uso dessa possível nova classe de fármacos. O método científico permite que esforços sejam conjugados em uma sinergia, visando bem-estar da humanidade. Não seria diferente nesse estudo, que abre portas para pesquisadores contribuírem com o assunto”, explicou a mestranda, que desenvolve sua pesquisa no Instituto de Radioproteção e Dosimetria (IRD/CNEN), no Rio de Janeiro.
A bolsista explica os resultados iniciais encontrado. “Nossos resultados indicam que o aptâmero em questão pode ser usado como vetor de carreamento de moléculas, por intercalação. O próximo passo será testar o complexo quanto ao seu potencial de radiossensibilização in vitro sob diversas forma de uso: antes, durante e depois da irradiação.”
Para Laís, o apoio a pesquisas por órgãos de fomento como a CAPES é imprescindível. “Esse apoio [à pesquisa] é necessário e deve ser contínuo. A CAPES proporcionou-me, durante concessão de bolsa de estudos, constante exposição a oportunidades e novos horizontes. Por meio deste apoio, foi possível viabilizar a dedicação necessária e praticamente integral para o desenvolvimento deste projeto. Hoje, como jovem pesquisadora, entendo mais do que nunca a necessidade do apoio de agências de fomento como a CAPES. Somente assim, pessoas terão a oportunidade de adentrar esse mundo incrível que é o da pesquisa, além de outras modalidades de apoio. Sei que estou apenas engatinhando e que a jornada é longa. Mas estou pronta para os próximos passos, visando a contribuir de alguma forma no conhecimento científico universal”, disse.
Para a bolsista, o mestrado é o primeiro de muitos passos que ela pretende seguir. “Escolhi a pesquisa como carreira profissional e pretendo seguir adiante. Além desse projeto, estou envolvida em outros que abrem margem para doutorado entre outras atividades. O ingresso no doutorado está entre um dos meus objetivos de curto prazo.”
Saiba mais sobre o programa Demanda Social. Consulte nesta página outras matérias sobre a atuação de bolsistas da CAPES.
Fonte: Portal da CAPES – Foto: Bio-Manguinhos/ Fiocruz
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