MEC integra iniciativa preparatória para a COP 30

Universidade Federal do Pará, vinculada ao MEC, lançou o movimento Ciências e Vozes da Amazônia na COP 30, o qual une ciência e movimentos sociais nos debates preparatórios para a Conferência Mundial do Clima

O Ministério da Educação (MEC), por meio da Secretaria de Educação Superior (Sesu), participou do lançamento do movimento Ciências e Vozes da Amazônia na COP 30, realizado no início deste mês. Liderada pela Universidade Federal do Pará (UFPA), a iniciativa pretende unir ciência e movimentos sociais nos debates sobre questões socioambientais, como forma de preparação para a Conferência Mundial do Clima da Organização das Nações Unidas (ONU), que acontecerá entre 10 e 21 de novembro, em Belém (PA). 

O secretário de Educação Superior do MEC, Alexandre Brasil, integrou a mesa de abertura. Ele salientou que essa mobilização, iniciada em Belém, representa um momento decisivo, porque coloca a Amazônia no centro das discussões climáticas globais. “Não há um futuro sustentável para o planeta sem que as populações amazônicas sejam ouvidas. O conhecimento produzido na região — nas universidades públicas amazônicas e pelos movimentos sociais — deve ser colocado em pauta. São essas vozes amazônicas que representam a proteção da floresta e do meio ambiente”, frisou. 

O reitor da UFPA, Gilmar Silva, destacou a relevância histórica da instituição em estudos voltados a questões sociais, ambientais e climáticas. “Defendemos o valor das diferentes vozes e saberes envolvidos nesse processo e conclamamos a todos que participem desse que é um movimento diverso e democrático”, afirmou. Segundo ele, a proposta do movimento é mobilizar diferentes setores da sociedade, conectando conhecimentos produzidos pela comunidade científica e acadêmica com aqueles gerados por movimentos sociais da região. 

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, abriu a segunda parte da programação. “Reconhecemos a importância da comunidade acadêmica junto com os diversos setores da sociedade civil nessa mobilização para dar sua contribuição, sobretudo nesse momento ainda precoce de preparação, para que a gente possa internalizar a dinâmica social, cultural, política, científica do nosso país em tudo o que significa o desafio da realização da Conferência Mundial do Clima, em um contexto tão desafiador como esse que estamos vivendo no Brasil e no mundo”, afirmou. 

O movimento nasceu a fim de contribuir para as discussões científicas voltadas a soluções globais e locais relacionadas a temáticas da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima (COP 30), em diálogo com grupos sociais, movimentos e instituições amazônicas. A ideia é estimular e fomentar a reflexão crítica sobre as temáticas da COP 30, integrar instituições públicas de ensino técnico e superior, bem como instituições de ciência e tecnologia, envolvendo professores, estudantes, técnicos e movimentos sociais em diálogos que amplifiquem suas vozes. 

Pluralidade – Ao todo, 11 reitores de universidades participaram do evento. Além disso, o lançamento da agenda do “Ciência e Vozes da Amazônia na COP 30”, na UFPA, teve participação de movimentos sociais, com representantes da Cúpula dos Povos, COP das Baixadas, Movimento Negro e Quilombola, ribeirinhos, além de lideranças indígenas. Membros dos povos originários clamaram pela inserção e pelo protagonismo dessas populações nas discussões sobre problemas socioambientais que as atravessam. 

Lançamentos – Durante o lançamento do movimento Ciência e Vozes da Amazônia na COP 30, a UFPA apresentou o hotsite da iniciativa. Os conteúdos do hotsite podem ser lidos em português, inglês, francês e espanhol. Na aba “Programação”, está disponível um formulário para inserção de atividades e ações autogestadas, que serão divulgadas amplamente ao longo do ano. Elas comporão a agenda de programação do movimento durante o ano inteiro. 

Na aba “Publicação”, encontra-se disponível a publicação “Ciência e Vozes da Amazônia na COP 30”. Ela tem como objetivo apresentar conhecimentos científicos e sociais produzidos na Amazônia, buscando visibilizá-los. A partir desse exemplar, a cada mês, será lançado um número com textos redigidos de forma acessível a diferentes públicos, de autoria de docentes e pesquisadores das instituições de ensino e pesquisa da Amazônia e de lideranças da sociedade civil e de povos e comunidades tradicionais. 

 

Fonte: Assessoria de Comunicação Social do MEC, com informações da Sesu e da UFPA