O Ministério da Educação (MEC) e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) anunciaram o retorno do nome do educador Paulo Freire a uma importante ferramenta de gestão dos programas de formação de professores para a educação básica. Ao renomear a Plataforma Capes de Educação Básica como Plataforma Freire, o Governo Federal presta homenagem a um brasileiro que está entre as pessoas mais reconhecidas na área em todo o mundo. O sistema também reúne quase 700 mil currículos de estudantes, professores, gestores e secretários de Educação.
O relançamento ocorreu em 13 de abril, data que representa os 11 anos da Lei nº 12.612/12, que reconheceu Paulo Freire como patrono da educação brasileira. O nome ressalta a importância da Plataforma, local em que secretarias estaduais e municipais de Educação aprovam inscrições de professores do Programa Nacional de Formação de Professores da Educação Básica (Parfor) e habilitam as escolas dos Programas Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid) e de Residência Pedagógica. Também é por meio dela que os coordenadores dos projetos realizam a gestão das instituições de ensino superior.
A secretária-executiva do MEC, Izolda Cela, classificou a retomada da nomenclatura original da Plataforma como uma ação que coloca “as coisas em seus devidos lugares”. Ela complementou que a ferramenta ajuda a “articular muito bem essas ações com aquilo que o Ministério da Educação tem afirmado como uma das prioridades fortes, essenciais, desta gestão, que é a melhoria das escolas que recebem nossas crianças, nossos jovens”. O cadastro do currículo no sistema é a porta de entrada para a participação em atividades voltadas à formação de professores. É um ambiente em que os educadores podem divulgar suas produções técnicas e acadêmicas.
Mercedes Bustamante, presidente da Capes, afirmou ser “significativo” que o evento fosse realizado na Fundação. Afinal, a Agência atua tanto na pós-graduação quanto na formação de professores para a educação básica. A gestora destacou o simbolismo do momento, que junta a visão de Paulo Freire, nome de destaque na educação básica e criador de um método de alfabetização para adultos, com a de Anísio Teixeira, idealizador e primeiro presidente da Capes, de 1951 a 1964. Para ela, a Plataforma Freire “vem sendo aperfeiçoada a partir de uma visão sistêmica de educação”.
Criada em 2009, a Plataforma Freire foi pensada para gerir, exclusivamente, o Parfor. A Capes assumiu a ferramenta em 2012 e, ao longo dos anos, aumentou seu alcance. Desde 2018, ela também engloba o Pibid e o Residência Pedagógica. No ano passado, somaram-se a essas ações os Programas de Mestrado Profissional para Professores da Educação Básica (ProEB).
Participantes – o evento contou com a presença de Katia Helena Schweickardt, secretária de Educação Básica do MEC. Pela Capes, Marcia Serra, Suzana Gomes, Adi Balbinot Junior e Laerte Ferreira, diretoras de Educação Básica e de Educação a Distância, e diretores de Tecnologia da Informação e de Programas e Bolsas do País, respectivamente. Além deles, participaram Manuel Palacios, presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep); Vitor de Angelo, presidente do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed); Luiz Miguel Martins Garcia, presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime); Antonia Hauschild Johann, presidente do Fórum Nacional de Coordenadores do Pibid e Residência Pedagógica (Forpibid-RP); Mark Clark Assen de Carvalho, presidente do Fórum Nacional de Coordenadores Institucionais do Parfor (Forparfor); e Luís Reznik, coordenador nacional do Programa de Mestrado Profissional em Ensino de História (ProfHistória), que representou os ProEB.
Fonte: MEC