Inep participa de encontro que coloca em pauta os objetivos pedagógicos de 2020 e o planejamento para o próximo ano em meio às transformações na educação
Debater os impactos da pandemia na comunidade escolar e como ficará a escola particular a partir de 2021. Os assuntos foram discutidos durante o 4º Congresso Nacional da Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep), que iniciou nesta sexta-feira, 25 de setembro, e segue até este sábado, 26, por videoconferência. Alexandre Lopes, presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), foi um dos convidados do primeiro painel, que discutiu a nova matriz do Enem.
A abertura do evento contou com a participação do ministro da Educação, Milton Ribeiro, que destacou a importância da escola privada no sistema educacional brasileiro. “Percebemos pelos números o impacto das escolas privadas no país, principalmente neste momento que estamos vivendo. Os questionamentos e dúvidas que temos estão presentes em outros países também. Por isso, são tão importantes os debates como este, para estudarmos as consequências e o que podemos fazer adiante”, afirmou o ministro.
Alexandre Lopes ressaltou a participação das escolas particulares nas novas avaliações do instituto, como o Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb). “O Saeb é aplicado a cada dois anos. A partir de 2021, vamos mudar essa temática e abranger toda a educação básica, desde o 2º ano do fundamental. A avaliação vai ocorrer todos os anos. Vamos avaliar também todas as escolas privadas”, ressaltou Lopes.
Para o ensino médio, a expectativa é o Enem seriado, que será aplicado já em 2021, a partir da implementação do Novo Saeb. “O Enem seriado não vai substituir a prova tradicional e será opcional após o primeiro ano, em 2021”, destacou. Atualmente, a prova do Saeb é aplicada a cada dois anos, no 2º, 5º e 9º ano do ensino fundamental e na 3ª série do ensino médio.
Com o Novo Saeb, a avaliação será anual e alunos de todas as etapas escolares participarão do exame. Lopes explicou que o desempenho do jovem que estiver na 1ª série do ensino médio em 2021 será somado ao de 2022 e 2023, para que ele concorra a uma vaga de ensino superior em 2024.
Pedro Flexa Ribeiro, diretor da Fenep, pontuou os desafios das novas avaliações. “Devemos ter claros os cuidados para não engessar o sistema. O trabalho maior é pela dimensão continental e aliado ao desenvolvimento logístico e tecnológico que é proposto. A educação brasileira tem melhorado, mas é um consenso que precisamos avançar esse processo”, avaliou.
Ao final do debate, Amabile Pacios, vice-presidente da Fenep, reforçou que o processo é baseado em uma construção coletiva. “Acima de tudo, é fazer uma avaliação que presta um grande serviço para a escola, a fim de conhecer o seu processo pedagógico. As expectativas são as melhores”, ressaltou.
4º Congresso Nacional da Fenep – O encontro é destinado a gestores e toda a comunidade escolar do Brasil, da educação infantil ao ensino superior. Durante os dois dias do evento, serão abordados assuntos como plano de retomada das aulas, ensino remoto e híbrido, tecnologias e plataformas educacionais, planejamento pedagógico, protocolos sanitários, instrumentos jurídicos, planilhas de custos para 2021 e espaços físicos das escolas.
Foto: Reprodução/Fenep
Fonte: Inep