Alunos do curso de Bacharelado em Design desenvolvem trabalhos para Fiocruz
Em março deste ano, o curso de Bacharelado em Design, da Escola da Indústria Criativa da Unisinos, fechou uma parceria com a Fundação Oswaldo Cruz – Fiocruz. A partir daí, os alunos da Atividade Acadêmica de Ateliê de Projeto 5 foram desafiados a encontrar soluções com foco em design de serviço e saúde digital.
“A ideia é mais do que criar aplicativos, é possibilitar conexões entre prontuários e a integração digital da saúde acessível a todos”, explica o professor Leandro Tonetto, responsável por articular essa parceria. Para ele, essa proximidade entre as duas instituições traz muitos benefícios. “Sendo a Fiocruz uma instituição pública, ligada ao SUS, essa parceria é importante pois reforça a veia social do curso e leva a saúde digital ao grande público”, afirma.
O objetivo da Atividade Acadêmica, segundo o professor da disciplina Daniel Pruja, é falar de design de produto com base na experiência do usuário. “O desafio dos estudantes é projetar um serviço que enfrente os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. O briefing parte do contexto da Agenda 2030 e foca no terceiro objetivo, referente a Saúde e bem-estar”, afirma.
De acordo com o professor, o Ateliê de Projeto 5 tratará das contribuições da saúde digital (tecnologia, processos e dados) para o usuário. “A proposta é projetar formas por meio das quais seria possível levar a saúde digital a toda a população de Porto Alegre, inclusive a usuários do SUS, oportunizando o acesso de todos. O usuário deverá ser o centro do projeto, promovendo o que é definido como ‘empoderamento para a saúde’ e ‘educação para a saúde’ pela Organização Mundial da Saúde”, explica Pruja.
Entre as questões que estão sendo trabalhadas pelos estudantes está o futuro da saúde digital no país. O professor diz que ao final do semestre, a Fiocruz terá disponível seis serviços, que poderá levar para a organização e colocar em prática, se julgar pertinente. “Cada um dos serviços segue quatro dimensões: instalações físicas, instalações virtuais, sistemas de comunicação, e protocolos ou procedimentos de interação interpessoal”, destaca.
São 29 alunos, do 5° semestre do curso, divididos em seis equipes, que participam dessa atividade. Os temas trabalhados pelos diferentes grupos são: saúde da mulher, violência doméstica e pandemia; plataforma digital para construção de redes de apoio; ações comunitárias; popularização da informação científica; recursos tecnológicos para aprendizagem infantil sobre vacinação; experiência das pessoas com doação e transplante de órgãos.
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